Saudações Siderais

 

Muito, muito tempo atrás em uma galáxia muito, muito distante, tive um professor que virava para os alunos e dizia: Brilhe! Aconteça!

O Dr. Silas era um velho bem chato – que felizmente a terra já está comendo – mas um ser interessante, entre as suas pérolas estava dizer continuamente: Cada um de vocês tem uma coisa, um supercomputador tão avançando, mas tão avançando que “nem a NASA tem”, e ai ele apontava para a cabeça com aquela cara de “sim estou falando sobre o cérebro de vocês”: Sagaz…

 

Mas coloca-se uma questão interessante: Por que é necessário relembrar as pessoas que elas têm uma capacidade maior do que imaginam, usam ou percebem? Por que alguém teve de dizer que Todo homem e mulher é uma estrela, para que alguns pudessem passar a ver isso?

 

Talvez seja uma questão de tomar controle sobre a própria vida: como já afirmei na roda, é difícil termos objetivos e buscá-los, o medo de perder nossa aposta, de nos responsabilizarmos é grande…. e por outro lado alguns preferem acreditar num destino ou numa providência divina (com esse ou outros nomes) deixando-se levar.  Esses últimos vêem a estrela como o símbolo da esperança: A confiança no destino, no final feliz.

 

Já passei algumas horas discutindo com amigos, conhecidos e etc, e outras tantas pensando sozinho, se existe ou não algo assim como chamam: “Destino”. Aqueles que tem acompanhado a minha série, presumo que tenham percebido que na minha visão “isso non ecziste”.

 

Dessas discussões tirei que se é possível excluir a “pré-determinação” rapidamente, ainda residem ao menos 2 formas populares de se encarar o destino: A primeira em relação há alguns acontecimentos – “nossa foi o destino te encontrar aqui” ou “meu destino era mesmo entrar naquele lugar” e etc… de forma que exista uma combinação entre aleatoriedade e determinação na vida de cada um.  A segunda com um enfoque diferente na determinação, pois coloca em dúvida a nossa percepção das ações no tempo. Talvez ao um estilo Matrix nós mesmos já tomamos nossas decisões num “tempo Zero” e agora percebemos o seu desenrolar.

 

Eu continuo adepto da aleatoriedade geral: da mesma forma que na Teia Digital (rs piada só pra quem leu outros posts), nossas ações podem – e têm – muitas vezes efeitos e resultados inesperados, entendo o mundo de uma forma mais caótica.

 

Existe um ponto interessante: Vivemos certamente dentro de um campo caótico reduzido de probabilidades: sendo possível, por exemplo, usar ferramentas divinatórias (tarot, runas, etcs) que possuem uma capacidade de nos informar sobre essas linhas de probabilidade: Se eu me candidatei a um emprego é mais provável que eu apenas seja contratado ou não, do que ser atingindo por um Boeing 747 no meio do caminho para a entrevista.

 

Uma vez que nos vemos como os tecedores de nossos destinos, e aplicação da nossa vontade na realidade – consciente ou não – fatores que parem ser o destino: “Nossa nunca pensei que ia encontrar uma pessoa assim pra me ajudar”, passam a ser o resultado dessa vontade.

 

Deixando claro que se trata da minha opinião, digo que a Estrela não deveria ser o sinal da fé no destino, a(s) Estrela(s) Sou (somos) Eu (Nós) –  desculpem colocar essa piada no meio de algo sério mas lembrei daquele vídeo das “arvores somos nozes” hahaha – e portanto a estrela é a confiança em si mesmo.

 

Terminando, algo que andei conversando com o duende-amigo que acho o pessoal que lê os posts (esperando que de fato o façam) são muito quietos, pouca gente participa.. então queria chamá-los, qual a sua opinião? Porque não posta um comentário?

Aconteça ! Brilhe !

 

Fui.

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5 Comentários

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  1. bom tema, boa abordagem.
    essa proposta de “autogestionar os rumos da vida” se encaixa bastante bem nos modelos karmicos da karma yoga, bicho!
    pode parecer meio estranho de ouvir isso se voce tiver “karma” como sinônimo de destino, só que não veio, ao contrário:
    tomando a metafora do arqueiro,
    -as flechas em sua bolsa são o karma latente, que se acumula pelas vidas mais ainda não se manifestará.
    -a flecha que está na mão do arqueiro é o karma diretamente derivado do “livre-arbítrio” hic et rune.
    -a flecha que já esta no ar é o karma maduro, o que prele o monges não-lembro-d-onde recomendam “receba de boa vontade e agradeça”.

    no karma yoga o que rola é justamente tomar as rédias de suas ações e ter o karma como pura consequencia de seus livres atos. e superar o que te prende à roda karmica das reencarnações (uma corrente de ouro e outra de ferro), mas isso já é outra história…

    abraços!

  2. Então vamos participar… 🙂
    Como um amigo meu gosta de dizer, tudo na mais perfeita desordem. E a vida não é assim?

    Um abraço.

  3. [lendo esses posts só hoje… gReader tava com saudade]

    So… sempre fui passivo nos comentários, por nunca saber o que dizer. E quando sei, é pra parabenizar ou concordar, e eu não posso deixar você saber disso xD~

    Mas é por algo assim que sempre tenho um pé atrás com sistemas divinatórios (tarot e afins). As pessoas os tratam como se fossem algo certo, um destino.
    Na minha opinião, o destino é você quem faz [E o poder é de Vocês!]

  4. Fala, Duende!

    Cara, uma coisa que percebi com o passar dos meses é que a) eu pouco leio os textos da internet e b) encontrei (raras, mas encontrei) pessoas que, digamos, vivenciam a máxima do AL sem nem sequer saber quem é Crowley. Sobre a letra a) eu nem tenho nada a comentar (^^), mas sobre a letra b), é curioso perceber isso. E isso propõe alguns pensamentos:

    – até onde a realização da vontade deixa de ser o objetivo para se tornar a obsessão?

    – o começo do exercício da vontade depende apenas de uma informação que serviu de estalo para o início, ou seu surgimento natural pode até mesmo ser algo previsto no AL?

    – qual a necessidade irrevogável de se prender a cadinhos de leitura para que algo aconteça de verdade na vida?

    Abraços (sim, eu deixo as minhas próprias perguntas em stand-by; tenho um TreeView para digerir)