Um texto do chaosmatrix.org
Tradução e revisão: Duende

De: "Joseph Max.555"
 Newsgroups: alt.magick.chaos
 Assunto: Re: Chaos vs Eclectic magic
 Date: Sab, 19 Jul 1997 18:00:40 -0700

Na quarta feira, 16 de julho de 1997 garyb escreveu:

Quais são as diferenças (se existirem) em magia do caos e magia eclética?

Eu li alguns livros e artigos tanto do Phil Hine, quanto do Peter Caroll e gostei bastante de ambos. Mas além dos rótulos e instituições qual é a diferença entre suas teorias, além disso… o livro de Issac Bonewits “Real Magic”  me deixou confuso, não tenho certeza se é Magia Amarela ou Magia Eclética.

Magia do Caos é eclética, mas Magia Eclética não necessariamente é Magia do Caos.

É mais uma questão de abordagem e atitude. A maioria das ~praticas~ de um determinado magista do caos ou grupo pode, é claro, ser considerada “eclética”.

Mas Bonewits postula um determinado conjunto de ~crenças~, que são pressupostos básicos ou axiomas que devem ser aceitos como A VERDADE. Há uma lista completa deles, penso eu, se me lembro direito do livro.

A Magia do Caos não oferece nenhuma opinião sobre crenças – pelo menos, nenhuma para ser considerada absolutamente “verdadeira”. Nada é verdadeiro. Você é, portanto, livre para tomar qualquer coisa que você gosta e usá-lo como se fosse verdade. Tudo é permitido. E o incrível é que mesmo se você estiver ~fingindo(NT:Fazendo de conta)~, ainda funciona!

Um sistema de crenças, QUALQUER sistema de crença, mesmo se for uma colcha de retalhos, tanto faz se for algo copiado ou algo original, se for ~continuamente~ utilizado como sendo ~absolutamente verdadeiro~ pelo magista, deixa de ser Magia do Caos.

Os Magos do Caos são magistas agnósticos. Eles não ~sabem~ o que pode ser absolutamente verdade, e suspeitam que ~nada~ é – e eles NÃO SE IMPORTAM.

Isso mostra o contraste entre Pete e Phil. A obsessão de Pete foi a construção do império – ele ficou fascinado com o antigo molde da Ordem Mágica e queria fazer o que o Tio Al fez e deixar um legado. E ele fez bastante bem no que se refere a isso. Ele vê a magia do caos como fundamentalmente filosófica e política, daí suas teorias aeônicas.

Phil é mais pessoal e “eclético”. Sua paixão é a sociologia e a psicologia, e seu trabalho reflete isso. Cada um escolheu o que magia do caos significa PARA SI e projetou sua magia sobre essa visão.

Bonewitz acredita no significado fundamental, de um “universo mágico” governado por leis. Assim como Crowley. Nenhum dos dois ficaria satisfeito com a ideia de que o significado fundamental do universo é que não existe um significado fundamental do universo.

O Magista do Caos não vê nada além de um caos infinito, arrastado estocasticamente na existência por cada e para cada observador de acordo com suas predisposições, e manipulando essas predisposições (O intento/o objetivo) pode ser curvado nas direções desejadas por uma inteligência simples.

Eu entendo que nenhum deles tem suas raízes nas antigas crenças mortas e derivam das coisas que extraem emoção e paixão do controlador … muito parecido com a arte …
Obviamente, você não está familiarizado com o trabalho recente do Bonewits, sendo um “Arch Druid” e tudo mais. Fale sobre um antigo sistema de crenças mortas …

É aí que uma crença travada te encaminha, eu suponho.
– J:.M:.555

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